2011/01/06 – Bahia Inglesa – Antofagasta

Olá pessoal, hoje foi o dia de atravessar o deserto do Atacama. Há muito estava sendo alertado sobre a travessia do trecho que iria fazer hoje. Todos diziam ser um lugar árido, sem água, sem postos de gasolina, ou seja, deserto mesmo. Mas não foi bem isso que encontrei.

Primeiramente sai de Bahia Inglesa ás 8:00 e fui até Chanaral, a última cidade antes da travessia do deserto, lá eu completei o tanque da moto e consegui depois de algum tempo um galão de 5 litros para utilizar como reserva caso a gasolina acabasse, afinal seria 400 km sem uma única cidade, povo ou vilarejo entre Chanaral e Antofagasta, mas quando finalmente entrei no deserto não foi bem isso que vi.

No caminho realmente postos de gasolina não hávia, mas tinha pequenas vilas com várias vendas, restaurantes e parrilas. E na metade do caminho, em uma pequena vila chamada Agua Verde tinha um posto de gasolina, ou seja, no meio dos 400 km do deserto podem ficar tranquilo quanto a gasolina.

Passei próximo a estrada que ia para a mina onde os mineiros a alguns meses atrás ficaram pressos, porém fiquei sabendo que não tinha como chegar perto do exato lugar da mina, então decidi nem ir ver como era lá perto.

Segui viagem, e alguns kilometros antes de Antofagasta avistei ao longe um grande monumento, e ao ir se aproximando ví que era a enorme mão que sai no chão, como já hávia vista por fotos no Google Earth, sabia que estava próximo de Antofagasta. Pelo que fiquei sabendo essa mão representa a enorme quantidade de trabalhadores que hávia na cidade.

Cheguei então a um pequeno distrito industrial, onde hávia fábricas de cimento, sal, areia e pedra. Lugarzinho meio feio, estava a 30 km de Antofagasta, para ir até lá sairia da Ruta 5 em direção a costa. Chegando lá vi que era uma grande cidade, com muitos prédios, praias, carros e pessoas. Uma cidade bem colorida tambem, diferente das outras que tinha visto pelo caminho.

Parei então em uma lan house para ver se encontrava um camping, e pouco depois parou lá fora uma Kawasaki 650 cc, uma moto estilo Motard, bem parecida com as que utilizam no Dakar. Tinha uma moça encostada na moto, fui até lá então para perguntar se sábia de algum lugar para ficar na cidade. Ela então me disse que ficariam em um camping, e que o amigo dela, piloto da moto, já estava voltando e que eu poderia ir junto com eles. Encerrei então alí na ciber, e parti com eles rumo ao camping, estavamos em uma avenida costeando o mar do pacífico. Com enormes prédios, supermercados, lanchonetes e tudo mais de um lado, e do outro o calçadão e á frente praias de areias brancas com vários guarda-sóis e aquele tanto de gente na água fria do pacífico.

Andamos cerca de 10 km até chegar em um camping que ficava na areaia da praia mesmo, fomos la conversar e era 3500 pesos. Já lá fora, eu e o casal conversando, ela disse que estava caro e que iria la negociar, então ela voltou falando que tinha conseguido por 2000, e nesse momento eu vi a importância de levar uma mulher na viagem, hehehehe, brincandeira.

Ficamos então em um mesmo espaço, eu armei minha barraca e eles armaram a deles ao lado. A moça foi correr na praia, o cara estava arrumando as coisas e eu fui tomar banho, e pra variar um pouco, a água era gelada. Depois fui até o supermercado e comprei uns bifes, arroz e óleo pois o meu estava acabando. Anoite fiz somente os bifes e eles fizeram macarrão e novamente compartilhei o rango com os vizinhos de barraca. Ficamos lá comendo e ouvindo Jack Jhonson que eles tinham no notebook, tiramos umas fotos, trocamos umas idéia e fomos dormir.

O nome dele é B J Long e é americano, está em uma viagem de 6 meses vindo desde a américa, encontrou com Rachel em algum lugar da América do Sul que eu não lembro, e desde então ela o acompanha na viagem, ela é Irlandesa e estava em uma viagem a dedo ( carona ). Eles ainda vão passar pelo Brasil e espero encontra-los em meados de março.

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